segunda-feira, 10 de outubro de 2011

REDES SOCIAIS: POR QUE INVESTIR?

Foi-se o tempo em que as empresas para divulgarem seus produtos ou serviços, ou até mesmo a sua filosofia, precisava utilizar a mídia tradicional, como: TV, rádio e veículos impressos. Hoje a internet tornou-se uma aliada primordial para a aproximação entre a organização e seu público-alvo. A utilização dos portais tradicionais, com informações institucionais, já não é mais diferencial para atender um público diversificado. Por isso, cada vez mais, a aposta são as redes sociais: Youtube, Flicker, Orkut, Facebook, Twitter, Messenger e Linkedin.

Pesquisa realizada pelo Ibope Nielsen Online em dezembro de 2009, aponta que no Brasil há mais de 66 milhões de usuários na internet. Desses 80% participam de alguma rede social. Com isso o País torna-se o primeiro no mundo em tempo na frente do computador, aproximadamente 44 horas mensais. A cota brasileira ultrapassa as dos Estados Unidos, França e Japão.

Estar presente na internet, porém, já não basta. É preciso traçar estratégias para atender o internauta. O diferencial das redes sociais em relação às outras mídias está justamente na interação, em tempo real, entre a empresa e o seu público, além de conter informações sobre o comportamento do consumidor. Por isso, para não perder a chance de realizar bons negócios, a participação nas novas mídias é fundamental, senão há o perigo das empresas brasileiras ficarem para trás.

Antes de aderir às novas ferramentas é preciso planejamento, pois com ele, a organização vai saber qual o melhor momento, local e que tipo de informação é útil para o seu público-alvo, além de saber a hora de interagir. Também a participação nas redes sociais exige pessoas treinadas, recursos tecnológicos, tempo e investimento na inovação e aprimoramento, seja no rosto da página disponibilizada na internet, seja na  qualidade da comunicação com seu público, entre outras estratégias.

Participar das redes sociais é a oportunidade para as empresas conhecer novos clientes, prospectar negócios, ver novas tendências, estabelecer canais de comunicação e compreender o comportamento dos consumidores. Para isso há a necessidade de ter profissionais que entendam desse ambiente, pois eles estarão aptos a estabelecer estratégias específicas às novas mídias digitais. Isto sem esquecer que os veículos de comunicação tradicionais também são úteis para atingir os objetivos pretendidos. O aparecimento de novas formas de interação nos indica que há outros recursos disponíveis para fazer a mensagem chegar ao receptor.     

Além se ser um ambiente bom para os negócios, a utilização de redes sociais é importante para incrementar o networking tanto profissional como pessoal. O que contribui para isso é a interação entre os usuários, a segmentação e a visibilidade para expor opiniões, gostos e objetivos. Mas, antes de fazer qualquer post, é preciso tomar várias precauções: pense no que vai ser publicado, porque depois será tarde para mudar; seja transparente, não conte mentiras, pois falsos testemunhos trarão danos à sua imagem; não seja inconveniente, por exemplo, ao colocar mensagens irrelevantes no Twitter aos seus seguidores, do tipo “o que está fazendo a todo instante”; não esqueça, erros podem acontecer, quando ocorrer, assuma.  

Outro ponto que contribui para o networking nos meios eletrônicos é a facilidade, a rapidez e a instantaneidade em que são construídas as redes de relacionamentos que atendem os interesses pessoais e profissionais. Mas não se esqueça que o seu uso é um facilitador para conhecer novos contatos e nunca deve substituir o contato pessoal. A utilização de meios, como: visitas, almoços, cartas e feiras de negócios, ainda são formas necessárias para conseguir para o relacionamento interpessoal.  

Antes de aderir à nova tecnologia, avalie se ela vai acrescentar valor à sua marca, defina objetivos claros, tenha uma equipe preparada. Em um ambiente novo e sem fronteiras como esse, é preciso estar preparado para enfrentar desgastes que podem ocorrer, além de estar pronto para atender seus novos cyber contatos.  A precaução assegura uma comunicação correta, decente, honesta e confiável com seu público-alvo.

Lembre-se que o homem é um ser social, criado para viver em grupos, portanto, neste contexto, faço minhas as palavras do filósofo grego Aristóteles: “uma andorinha só não faz verão!”

http://www.expm.org.br/colunas/redes-sociais-por-que-investir/

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O que as marcas fazem para conquistar os consumidores no Dia dos Namorados

O Dia dos Namorados cresceu em representatividade nos últimos anos. Hoje, para muitas empresas, a data disputa o terceiro lugar no calendário comercial com o Dia dos Pais, ficando atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. Em 2011, a expectativa é de um aumento de 10% nas vendas em comparação a 2010, segundo dados da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).
Marcas dos mais diversos segmentos aproveitam a data como oportunidade de relacionamento e possibilidade de conquistar novos clientes, a partir de ações que vão de sampling até comunicação no ambiente digital. Os shoppings também investem na data para faturar com o aumento do fluxo de clientes. As ações envolvem desde sorteio de carros e viagens a brindes como joias e porta-retratos. Pensando em proporcionar para os consumidores uma forma diferente de interação, o Plaza Shopping, em Niterói, no Rio de Janeiro, lançou a ação “Eternize seus momentos”.
A cada R$ 250,00 em compras, os casais poderão confeccionar o seu próprio flip book. Após apresentar a nota fiscal, os consumidores serão filmados durante sete segundos para a produção de fotos que irão compor o livro personalizado. Os clientes podem ainda tornar único o seu flip book, utilizando adereços e cartazes disponibilizados pelo shopping.
“Após a realização de pesquisas descobrimos que os consumidores do Plaza Shopping gostariam de um presente diferenciado. Foi aí que chegamos ao flip book. A iniciativa torna o brinde único e a possibilidade de customizá-lo traz um valor agregado para o cliente”, diz Luiz Melo, Gerente de Marketing do Plaza Shopping, em entrevista ao Mundo do Marketing.
http://www.mundodomarketing.com.br/12,19126,o-que-as-marcas-fazem-para-conquistar-os-consumidores-no-dia-dos-namorados.htm

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A receita do sucesso da Cacau Show

Se você, leitor, fizer uma degustação cega de chocolates, confundirá um produto Cacau Show com um suíço como o da Lindt? A resposta correta é sim – por exemplo, se o produto Cacau Show for o Mais Leite. É que as diferenças básicas entre chocolates europeus e brasileiros estão no uso, no Velho Mundo, de açúcar de beterraba e leite mais gordo e o Mais Leite se faz com leite importado de lá.
Por conta do nome, a Cacau Show até pode ter sido confundida com empresa de shows de samba com mulatas, mas o fato é que essa organização fundada em 1988, que hoje tem mais de mil funcionários e mil lojas, receita de R$ 400 milhões em 2010 (ou R$ 1 bilhão, se contabilizado o movimento das lojas), 96% de reconhecimento de marca e produtos sofisticados como o Mais Leite, tem uma gestão empreendedora respeitável.
A entrevista em que o fundador e presidente Alexandre Tadeu da Costa detalha isso, concedida com exclusividade à editora-executiva Adriana Salles Gomes, foi realizada com a fábrica trabalhando a toda em função da Páscoa – a empresa detém 10% do mercado de ovos de chocolate. No prédio-sede, que combina com bom gosto madeiras claras e escuras como se fossem chocolates, Tadeu da Costa detalhou seu modelo de negócio do “luxo democrático e feliz”, nos moldes do posicionamento das sandálias Havaianas, os desafios que isso impõe e seus planos de expansão, que incluem uma fazenda de cacau e uma fábrica de chocolates na Bélgica, além de outra novidade guardada a sete chaves.
Às vezes, ficamos procurando nossos Steve Jobs, Bill Gates e Mark Zuckerberg na tecnologia, mas talvez, no Brasil, eles se encontrem em outros ramos. Alexandre Tadeu da Costa fundou sua empresa aos 17 anos de idade.
Você fundou sua empresa com 17 anos? Se fosse na Califórnia do século 21, você seria o Mark Zuckerberg? [risos] É, mas eu não era muito nerd... eu era cabeludo, guitarrista, jogador de vôlei federado. E minha família era muito humilde – meu pai, tecelão; minha mãe, vendedora porta a porta –, então, trabalho para mim era algo que tinha muito valor e, junto com criatividade e ousadia, sempre tive disciplina. Por exemplo, aos 13 anos, eu calibrava pneus num posto de gasolina às sextas-feiras – foi como comprei minha primeira bicicleta. Aos 14, quando minha mãe criou a Cacau Show, eu pegava os pedidos com as vendedoras porta a porta, passava ao fabricante e, quando vinha, punha o produto dentro da caixa, faturava etc.
Aí meus pais descontinuaram o negócio e eu, então com 17 anos, pedi que me deixassem tocá-lo. Peguei uns US$ 500 emprestados de um tio e vendi 2 mil ovos de chocolate. Aí ganhei dos meus pais um Fusca branco 1978.
Por que você fez isso? Pelo Fusca?
Também [risos]. O Fusca ajudou o negócio porque pude me movimentar melhor, comprando a matéria-prima de manhã e vendendo o chocolate detarde para as padarias. Mas o grande pulo do gato foi o que descobri quando comprei as barras para fazer os 2 mil ovos: a diferença de preço entre 1 quilo de chocolate e 1 quilo de bombom fino feito dele era de mais de 10 vezes –ou seja, o que se comprava por 10 conseguia-se vender por 100. Logo vi que era uma margem grande demais e que, se eu comprasse por 10 e vendesse por 20, ainda seria um ótimo negócio. Foi o que fiz, numa salinha 3 por 4 metros, dentro da empresa dos meus pais.
O maior pulo do gato não foram as franquias, em 2003? As franquias nos deram visibilidade até que a marca estourou, três anos atrás. O pulo foi por acaso. Já tínhamos duas marcas em 2003: a Cacau Show, de venda porta a porta, e a Gardner, que criamos para varejo em geral, para a vendedora por catálogo não achar que havia competição direta.
Uns clientes nossos em Piracicaba, interior paulista –o casal João e Regina Caldas–, trabalhavam com ambas: ele vendia Gardner; ela, Cacau Show. Na Páscoa de 2002, compraram tanto chocolate que a família teve de sair do apartamento para a mercadoria entrar. Fui lá e propus alugarmos um local para ser a loja deles na frente e o depósito nos fundos. Sugeri que, para compensar o novo custo fixo, os filhos deles trabalhassem no negócio, como aconteceu na minha família. Estruturando isso, eu diria que tenho uma filosofia de controle de custos.
Daí nasceu a primeira loja, depois eles fizeram a segunda, a terceira, e outros distribuidores vieram... E a gente descobriu o canal três em um, que era, na mesma loja, o camarada poder vender direto ao consumidor, atender a vendedora por catálogo e ser distribuidor para o varejo.
http://www.mundodomarketing.com.br/7,19050,a-receita-do-sucesso-da-cacau-show.htm

"Os consumidores nas redes sociais"

"Já está virando moda os vídeos e comentários de consumidores insatisfeitos protestando contra marcas conhecidas e poderosas em redes sociais e blogs. Produtos defeituosos e principalmente descaso na prestação de serviços ou atendimento pós-venda são as principais queixas. A velha e conhecida peregrinação: telefone, atendente, promessa, visita, assistência técnica e órgãos de defesa estão inevitavelmente presentes.

O que até pouco tempo atrás era tratado como fato isolado e colocado embaixo do tapete por setores de atendimento ao consumidor, pode se tornar uma verdadeira bomba-relógio em questão de dias - dependendo do conteúdo e da adesão dos internautas. O caso da United Airlines é emblemático. Um músico criou uma canção para demonstrar o atendimento recebido quando sua guitarra de estimação foi destruída em um vôo doméstico. Cinco milhões de visualizações em cerca de trinta dias e perda de U$ 180 milhões no valor das ações.

Um dos grandes benefícios trazidos pela rede mundial de computadores foi subverter a lógica vigente, transferindo o poder para os usuários, os quais podem comparar preços, verificar comentários de outros internautas e expressar sua própria opinião - seja através de comentários ou produzindo e divulgando seu próprio conteúdo. Um refrigerador colocado em frente a sua casa poderia chamar a atenção de alguns poucos vizinhos. Não foi exatamente o que aconteceu com a Brastemp, envolvida recentemente em um caso de marketing viral.

A considerar os fatos recentes e as marcas envolvidas, creio que as corporações não tem andado na mesma velocidade da web, sendo atingidas de maneira fulminante pela rapidez com que as informações trafegam pela rede. As ações e reações atabalhoadas de seus funcionários comprovam a falta de processos e planejamento para lidar com situações de exposição extrema. Desta maneira, apresento quatro dicas bastante simples para que as empresas possam diminuir os impactos causados em sua imagem:

Monitoramento: esteja atento às mensagens e comentários relacionados à sua marca, empresa, produto ou serviço, criando uma rotina de verificação nos principais blogs e redes de relacionamento.

Velocidade: uma vez detectado algum indício de problema, haja rápido. Os prazos na web são incompatíveis com os oferecidos pelas morosas centrais de atendimento ao consumidor.

Transparência: nunca, em hipótese alguma, tente abafar uma situação. Posições autoritárias ou decisões judiciais podem amplificar ainda mais o problema, ferindo uma das regras de ouro da web.

Comunicação: esteja sempre pronto ao diálogo, respondendo as dúvidas e solicitações dos internautas e criando canais especiais de comunicação quando necessário.

Vale salientar que reclamações e clientes insatisfeitos são em geral consequências de produtos com defeitos, serviços mal dimensionados, atendimento displicente e processos ineficientes. Uma boa saída para detectá-los está na criação de mecanismos e formas de capturar as opiniões, críticas e sugestões de colaboradores, parceiros, fornecedores e clientes, tais como ouvidorias, reuniões periódicas e centrais de atendimento proativas.

Em suma, bastaria ouvir, registrar, catalogar as informações e colocar certa dose de inteligência nas reclamações feitas pelos clientes, evitando a repetição dos itens com maior freqüência.

Creio que eu não seja o único que sinta que suas reclamações ou e-mails pareçam ter o mesmo destino dos spams em nossas caixas de correio eletrônico. Os proprietários da geladeira e da guitarra certamente tiveram o mesmo sentimento, porém ao invés de se manterem calados, utilizaram o poder de fragmentação das mídias, fazendo público um problema privado. Viva à web 2.0!"


Marcos Morita é mestre em Administração de Empresas e professor da Universidade Mackenzie. Especialista em estratégias empresariais, é colunista, palestrante e consultor de negócios


http://www.lancamentos.com.br/Noticias/59994/Artigo:-Os-consumidores-nas-redes-sociais.eol